O alter-ego de todos nós

18/06/2010

Quando era criança, meu pai tinha um emprego numa “boa firrrrma” e lá ele ficou sócio do círculo do livro. Nem sei se isso existe ainda. E toda a semana a estante de livros da nossa casa ficava mais recheada com as novas aquisições do papai. Té que um belo dia, ele chegou com um lindo livro com a capa colorida, daquelas que chamam bem a atenção até de uma criança espivitada.

E não é que era um livro pra crianças mesmo? “Reinações de Narizinho”. Abri-o. Mas dentro parecia um livro de adulto, com pouquíssimas figuras; deixamos (minha irmã e eu) de lado. Só nos interessávamos novamente quando meu pai chegava com mais um para a coleção de 15. Aí víamos a “escadinha” com os respectivos números crescendo na estante.

Nunca os li. Nem os meus pais para mim.

Até 2005. Trabalhava numa empresa na região executiva da zona sul e ia trabalhar de ônibus fretado. Viagem de aproximadamente 30/40 minutos, com sorte. E na virada deste mencioando ano decidi ter como promessa de início de ano ler mais.

Daí notei esses 15 livros na estante de casa. Pronto!, já sabia por onde começar. Devorei-os em 10 meses. E foi uma das viagens mais incríveis que realizei na minha vida. O universo “infantil” criado por Monteiro Lobato é algo, no mínimo, genial.

Fiquei feliz por não ter lido essa coleção quando era criança, porque seria um desperdício. Não entenderia quase nada das reais mensagens incutidas nessas “historinhas de criança”. Fora as palavras não usuais no nosso vocabulário atual. Quem, hoje em dia, sabe que “reinação” significa “arte de criança”? Nunca ouvi nem minha avó falando assim.

A Emília é um caso a parte. Começou como uma simples boneca de pano da Narizinho que foi feita e remendada tantas vezes pela tia Nastácia. Criou vida, no reino das águas claras se não me engano, e daí pra deixar de falar coisas sem sentido e ser “tão sabida” as vezes mais que o próprio “marido” Visconde foi um pulo.

E é sobre ela que fiquei mais interessada enquanto estava devorando os 15 livros.

E fui saber mais sobre esse material como, autor e personagem. Em algum lugar que li, a Emília foi definida como o alter-ego de seu criador. Desbocada, sem papas na língua e agressivamente sincera, Lobato dava seus recadinhos através de uma bonequinha espertinha.

Chegando ao ponto: a tia Sula (pessoa que amo) é muito elegante. As vezes digo algo desbocadamente e ela só olha pra mim e concorda.

E você? É o alter-ego de alguém ou tem um alter-ego?

Mudar de opinião sim, mudarem minha opinião nunca

19/03/2009

Seja você, seja só você – cantou Hebert Vianna.

Muito além de filosofia de porta-de-banheiro-de-buteco-de-quinta, creio que essa frase pode nos fazer refletir um pouco. Assim: ouvi outro dia que é bonito, até nobre mudar de opinião.

Será?

Em quais circunstâncias a opinião foi posta em cheque? Por que vc pensou que a outra opinião pode ser melhor do que a que vc já tinha formada? Baseada em fatos reais/científicos/provas ou apenas um fraco “eu acho que é dessa forma” ou pior: por uma simples questão de acatar alguém. Péssimo. E se: esse alguém for intelectualmente estéril a respeito do assunto? Pior ainda.

Lógico que eu mudo de opinião. Mas, opinião é como calcinha. Pessoal e intransferível. Não a mudo por coação/obediência e muito menos baseada em achismos de alheios. Aliás, isso não seria mudar o que se pensa a respeito de algo, e sim, atestado de fraqueza de pensamentos/atitudes. Falta de hombridade mesmo. E com o risco de em outro momento ter novamente de muda-la.

E ser aberto a novas idéias está muito longe de ser volúvel.

Acho que dá trabalho eu ser somente EU. Não tenho tempo hábil para ser outrem. Antes de “eu ser mais eu” (e sou), eu sou ‘só’ eu.

Da mesma forma que sou inspiração para oratórias, me inspiro nas oratórias para os meus posts. Maus exemplos também contam.

E essa é a minha opinião.

ps. Preguiça de fazer revisão pela nova ortografia.

A arte de evitar pessoas

27/01/2009

Isso é algo que pratico e não me envergonho. Se posso evitar as pessoas indigestas pedras no meu caminho, não me faço de rogada. Simples assim.

Há pouco tempo percebi que a responsável por este pensamento que julguei ser exclusivamente meu na verdade é da minha mãe. Explico.

Vamos voltar a 1993. Tinha 13 anos e estava na sexta série. Um dia, depois de chegar em casa da escola minha mãe fez a seguinte pergunta:

– Filha, você conhece uma tal de Ana* na escola?

Eu, como toda pré-adolescente desmiolada, disse de pronto:

– Não. Porquê?

– Porque hoje, quando te deixei na porta da escola, havia lá na porta uma mãe histérica falando coisas do tipo “Se mexerem de novo com a minha filha Ana eu vou fazer um escândalo…”, como se já não estivessem fazendo.

Daí eu lembrei:

– Ah! eu sei quem é a Ana sim. E ela está na minha classe (êta volcabulário de criança…), mas eu não converso muito com ela porque ela não senta tão na frente (eu era CDF).

– Tá, então filha por favor, agora eu estou te pedindo para não conversar mais com ela.

– Por que?

– Porque eu não quero confusão com você. Eu não consegui entender quais os motivos que levaram aquela senhora a fazer tal escandalo, se ela tinha razão ou não, mas eu não quero que você ande com gente assim, ok?

– Tá bom mamãe.

* Claro que o nome foi substituído para minha preservação rs*.

Se segui o conselho? Em parte sim. Eu não conversava com ela, mas ela conversava comigo e eu como não tinha nada contra a menina, correspondia com educação.

Pior que, uma mãe tão protetora esqueceu-se de educar a filhinha tão amada. Muitos anos depois, me reencontrei com uma amiga daquela época que era vizinha da Ana. Entre assuntos e assuntos, ela comentou que a Ana um dia soube que era adotada e pirou. Arrumou um namorado marginal, limpou uma conta conjunta que tinha com a mãe e sumiu no mundo com o cara.

É… e não é que mamãe tinha razão?

Resumindo: não exatamente com a Ana, mas sigo o conselho da mamãe para as várias outras Anas que surgem no meu caminho. A Ana original serviu para poder identificar as demais. E como elas insistem em aparecer, coisa chata né?

Pior quando esses espíritos de porco resolvem efetivamente atrapalhar a vida, mas isso é tema pra outro post.

Este post foi inspirado na raiva que estou de uma Ana que está tentando afastar pessoas que amo (GostU) com sua cabeça tamanho alfinete.

Vou aprender a investir

26/01/2009

Sério. Se tanta gente consegue aprender (nem estou falando de enriquecer), também vou me aplicar um pouco e entender esse mundo complexo das ações. Comecei adicionando no meu Orkut um aplicativo chamado Jogo da Bolsa. Lá você começa com um capital de R$ 50.000,00 para investir. Comprei ações nas conhecidas Vale e Petro só para entender como funciona a coisa e vou estudando as variações. Foi bom ter começado isso no domingo, porque vou pegar a semana no início, inclusive para as bolsas asiáticas.

O aplicativo é vinculado e desenvolvido pela Exame e acho que é um bom início na prática pra que precisa aprender o bê-a-bá da bolsa.

Aproveitem

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100 Coisas que amo

25/01/2009

Vi no Coisas que gosto e resolvi fazer minha lista também:

  1. Internet
  2. Tocar piano
  3. Cantar
  4. Dormir
  5. Laranja pêra azeda
  6. Chocolate
  7. Ficar sozinha com o maridão
  8. Cultos da mocidade aos sábados
  9. Praia
  10. Nintendo Wii
  11. Mystery case files
  12. Festa
  13. Pão
  14. Fazer as unhas
  15. Usar preto
  16. Sapato de salto
  17. Limão
  18. Mini-saia
  19. DVD de shows
  20. Comédias românticas
  21. Comédias blockbuster
  22. Talento vermelho
  23. Animações disney/pixar/dreamworks
  24. Orkut (gosto mesmo)
  25. Ice tea de limão
  26. Pez
  27. Café da manhã
  28. Legião Urbana
  29. Mochila
  30. Pucca (desde 2001, antes de virar moda)
  31. Corinthians
  32. Machado de Assis
  33. Rubik’s cube
  34. Maquiagem
  35. Jóias
  36. Desenhos animados
  37. Jeans
  38. Mackenzie
  39. ICBBSP
  40. Nutella
  41. Feijão
  42. Milk Shake de ovomaltine
  43. Humor inteligente e não apelativo
  44. Natal
  45. Fazer álbuns de figurinhas
  46. Lasanha
  47. Gadgets
  48. Boracéia
  49. Docinhodocinho
  50. Brigadeiro
  51. Toblerone
  52. Canetas e lapizeiras
  53. Dia de sol
  54. Cinema
  55. Pizza
  56. Chaves
  57. Passear na 25 de março
  58. Água. Gelada.
  59. Música no ouvido
  60. Me olhar no espelho
  61. Picolé de frutas
  62. Botas
  63. Palmito
  64. Jogos de tabuleiro
  65. Misto quente
  66. Ler. Blogs inclusive.
  67. Sábado
  68. Resolver problemas de lógica
  69. Outback
  70. Bach
  71. Salada de folhas
  72. Relógio de pulso
  73. Corações
  74. Suco de frutas
  75. Usar vestido
  76. Merengue de morango com suspiro e trufa
  77. Verão
  78. Shopping
  79. Minha profissão
  80. Seriados (este precisaria de outra lista para descrever quais)
  81. São Paulo (parabéns! é hoje)
  82. Beethoven
  83. Acampamento de igreja
  84. Azeitonas
  85. Rock Brasileiro dos anos 80
  86. Água de coco
  87. Brincar
  88. Pipoca doce
  89. Férias
  90. Blusinha branca
  91. Cabelo arrumado
  92. Doce de geléia de mocotó (a branca e rosa e a de colher)
  93. Moletom
  94. Nadar
  95. Ouvir corais
  96. Chocolate quente
  97. Minha máquina de lavar louças
  98. Viajar
  99. Sexo
  100. Final feliz

Update: consegui chegar em 100. Ufa!

Ainda de férias

23/01/2009

A coisa ainda está muito crua, não sei ainda como deixar o blog do jeito que eu quero, então vou escrevendo e pesquisando como trabalhar direitinho nesse WP.

Estava de viagem marcada para hoje a noite. Estava bem empolgada pra curtir uma praia – ou não – mas minha tia desmarcou porque o tempo não estaria legal. E daí? Viagem é curtição com tempo ruim ou tempo bom.

Os programas para o findi foram alterados: passear na Paulista, FNAC, lasanha ao fungui no súbito e wii no tempo que sobrar.

O importante mesmo é que dia 4 ainda está longe.

Sobre a tragédia de hoje

19/01/2009

Independentemente de qualquer mérito ou nao, toda a tragédia é digna da solidariedade humana. Moro no Cambuci, numa paralela próxima a igreja Renascer e, logo após o culto da minha igreja, próxima ao parque da Aclimaçao, soubemos do ocorrido e ficamos consternados sem saber ainda a proporçao da tragédia.

Uma grande quantiade de sirenes e helicópteros eram ouvidos daqui de casa até a pouco tempo. Somente quando chegamos em casa e vimos pela TV é que conseguimos entender com mais clareza o que aconteceu.

Eu estou em oraçao e torcendo para que esta tragédia tenha o menor impacto possível para as pessoas que estavam numa igreja buscando Deus.

Não me acompanhe que não sou novela

30/12/2008

Mas minha vida é. Quando acho que nada mais vai me surpreender – adquiri o costume de não me chocar com nada – daí aparece um figura que tenta quebrar o tabu.

Outro dia, no trabalho, entrei no banheiro e a faxineira do meu andar entrou logo em seguida cantando uma música que demorou pra eu lembrar, mas sabia que a conhecia. Enquanto nao me lembrava, fui acompanhando a letra que ela cantava (corretamente, aliás) quando me dei conta que era uma música do nada mais, nada menos que do meu ídolo Falcão. É. Sou fã do cara; conseguiu o que eu não consegui, que foi viver de música, mesmo que a brega. E o cara tem umas sacadas geniais nas letras como por exemplo: “É melhor cair em contradicão do que oitavo andar”. Perfeito! lógico que qualquer coisa é melhor que morrer, mas não é pra qualquer um resumir essa idéia numa poesia tão inspirada. Tem mais: “Os animais usam a razão, o homem usa o chapéu”. Nao é o máximo?

Esse é o cara.

Portanto, recomendo que apreciem o material do cara e, noves fora, tirar as boas lições que o cara transmite.

Este post é para a tia faxineira, carinhosamente chamada de Tchuca, mas que se chama Sonia.

E, Tchuca: você subiu muito no meu conceito a partir daquele dia.

Hello world!

30/12/2008

Tá ok…. cheguei e vamos ver no que isso vai dar.